Ijexá

Ijexá é um gênero que tem origem nos ritmos dedicados a orixás nos rituais de candomblé da Bahia. No candomblé, o ijexá é um dos ritmos de Alaketu, aqueles que são tocados com baquetas nos tambores e seu nome faz referência a Ilesha, uma cidade na Nigéria. No final do século XIX, adeptos da religião afro-brasileira iniciaram a prática de cortejos de rua com músicas no ritmo ijexá, acompanhados por tambores, agogôs, afoxés e xequerês.

Esses grupos passaram a ser identificados como afoxé, sendo um dos mais conhecidos hoje em dia o Afoxé Filhos de Gandhi. Com o tempo, o ritmo foi sendo incorporado pela música popular comercial e em 1930, o cantor e compositor baiano Josué de Barros lançou “Babaô Miloquê”, considerada a primeira gravação do gênero ijexá.

A partir da década de 1970, o gênero ijexá foi disseminado na cena musical popular do Brasil, como um estilo cantado, com interpretação mais lenta do que o costume nos cultos religiosos ou nos cortejos de rua. “Afoché”, de Dorival Caymmi, “Filhos de Gandhi”, de Gilberto Gil, “Beleza Pura”, de Caetano Veloso, “Ijexá”, de Edil Pacheco e “É D’Oxum”, de Vevé Calazans e Gerônimo são outros exemplos de músicas do gênero ijexá.